Os desafios da regulação da Inteligência Artificial nas eleições

Especialistas analisam a utilização em massa da tecnologia para manipular conteúdos políticos partidários nas eleições de 20

Felipe Teixeira

Por Felipe Silva Teixeira

Publicado originalmente em 12 de Março de 2024

Card da publicação de divulgação da transmissão | Foto: Divulgação / Famecos

Em uma transmissão ao vivo pelo YouTube, Angelo Müller, doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Famecos, e Angelo Augusto Mayer dos Santos, advogado e professor de Direito eleitoral, discutiram o uso da IA em campanhas eleitorais, especialmente no cenário de 2024.

Durante o debate, os professores abordaram a preocupação com os deep fakes, que são conteúdos audiovisuais manipulados digitalmente para criar representações falsas de pessoas ou eventos. Eles destacaram a dificuldade em detectar a realidade a partir da disseminação dessas falsificações. Outro ponto discutido foi o uso de programas de computador projetados para simular conversas humanas, os chamados chatbots. Essa tecnologia pode ser utilizada para manipular e distorcer conteúdos, contribuindo para a disseminação de fraudes e desinformação.

Os especialistas discutiram ainda a proposta de regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral sobre o uso da inteligência artificial na propaganda de partidos, coligações, federações partidárias, candidatas e candidatos nas Eleições Municipais de 2024. O TSE aprovou 12 resoluções para o processo eleitoral de outubro. Entre as medidas, estão as propagandas partidárias e o cuidado com o uso da inteligência artificial na personalização de mensagens para influenciar o comportamento do eleitorado.