Ato pela democracia mobiliza trabalhadores e lideranças políticas

Coração do Centro Histórico de Porto Alegre se torna palco da resistência em meio a acontecimentos em Brasília no 8 de janeiro

Felipe Teixeira

Por Felipe Silva Teixeira

Publicado originalmente em 9 de Janeiro de 2024

Manifestantes deslocando-se na Rua General Câmara em Porto Alegre | Foto: Eduarda Wisniewski

Mais de 300 pessoas reuniram-se na Rua General Câmara, no Centro Histórico de Porto Alegre, para participar do Ato pela Democracia, segundo informações do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. O manifesto surgiu como resposta direta aos acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos três poderes em Brasília foram invadidas, desafiando os fundamentos da democracia no país. O evento estava planejado para acontecer no auditório do Sindicato dos Bancários, que se revelou insuficiente para acomodar a quantidade de participantes. Durante a mobilização, discursos a reafirmaram os valores democráticos.

Rua no coração do Centro de Porto Alegre fica tomada de manifestantes que preservam a democracia | Foto: Felipe Silva Teixeira

Integrantes de movimentos sociais, sindicais, estudantis, bem como militantes de partidos e personalidades do cenário político estadual, discursaram sobre os pilares fundamentais da democracia, repudiando qualquer forma de autoritarismo que ameace os avanços conquistados ao longo dos anos.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), destacou a importância de preservar as instituições democráticas e a responsabilidade coletiva na construção de um país mais justo e equitativo. “O que ocorreu em 8 de janeiro de 2023 foi uma ameaça à integridade do país, e não seremos coniventes com o esquecimento deste episódio. Viva a república!”, disse Tarso.

O julgamento das condenações pelos dos atos terroristas em Brasília

No marco do primeiro aniversário da tentativa de golpe de Estado por parte de bolsonaristas, a Justiça brasileira julgou a condenação de 30 envolvidos na invasão das sedes dos Três Poderes nesta segunda-feira (8).

No período entre 8 e 9 de janeiro de 2023, as autoridades detiveram 2.170 pessoas e 775 foram liberadas por serem idosos e mães de crianças menores de idade, por exemplo. Nos próximos dias, audiências de custódia foram realizadas e, até março, a maioria dos presos já haviam sido liberados em liberdade provisória.

Enquanto o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 1.413 pessoas pela tentativa de golpe, 28 delas foram condenadas pela maioria dos crimes indicados pelas autoridades. Outras duas foram condenadas exclusivamente pelas depredações dos prédios públicos. No entanto, somente 66 das pessoas presas inicialmente continuam em presídios ou estabelecimentos penais, como hospitais psiquiátricos.