Inteligência artificial e criatividade são temas de masterclass no SET da Indústria Criativa

Impacto da tecnologia nos setores criativos foi o tema do evento

Fernanda Nascimento

Por Anita Ávila

Reprodução Júlia Dorigon

Em um cenário em que a tecnologia cada vez se faz mais presente no cotidiano, as palestrantes Aline Barbosa, Pedro Marques, Guga Zagonel, Sandro Kirst e Michele Rocha falaram sobre o impacto da tecnologia nos setores criativos. A pergunta central foi “até que ponto usaremos a IA para não atrofiar a nossa criatividade?”. Conforme destacado pelos palestrantes, a inteligência artificial deve funcionar como um auxílio, e não como um substituto para a execução de tarefas.

Para Guga Zagonel, CEO da Kreativitas, a IA agiliza o processo e cabe aos usuários e empresas utilizarem as ferramentas, sem interferirem na criatividade autoral. Sandro Kirst, diretor-geral de Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, acrescenta que é necessário “não perder a humanidade do processo”. Os palestrantes enfatizaram a importância do tema “humanização”. Eles destacaram que, em meio ao ritmo acelerado do dia a dia, pode-se achar mais conveniente delegar tarefas a um “robô”. No entanto, o fator humano permanece como um aspecto essencial a ser considerado.

Outro ponto abordado foi a redução dos postos de trabalho em função da inteligência artificial. Pedro Marques, sócio da Forno FX, não acredita nessa possibilidade. “A gente não eliminou os artistas, mas o processo criativo é muito mais rápido”, afirmou Marques. Guga Zagonel vai na mesma linha: “a inteligência não sabe tocar o outro, criar emoção… A ia não tem trauma de infância, ela nem tem o ‘feeling’ do que pode dar errado”, diz o Guga.

Nos instantes finais, o evento proporcionou um bloco de perguntas da plateia, que envolveram agronegócio e tecnologia, a forma como cada empresa deve exercitar o processo criativo, além do impacto do autoconhecimento na inteligência artificial.