61 anos de Ditadura Militar no Brasil: confira três produções audiovisuais para entender a Ditadura Militar Brasileira

Há 61 anos, o tempo estava tempo feio, com temperatura sufocante e o ar irrespirável. O país tinha acabado de sofrer um Golpe de Estado que instaurou a Ditadura Militar, marcando um período sombrio na história.

No dia 1º de abril, no Dia da Mentira, o brasileiro acordou com uma rebelião militar que depôs o presidente João Goulart. A partir desse momento, o Brasil viveu, por 21 anos, uma era de censura, mortes e desaparecimentos de opositores. Esse período de terror deixou cicatrizes profundas na história do país que até hoje é documentado e retratado. Os próprios filmes brasileiros são as melhores representações da época.

Recentemente, Ainda Estou Aqui conquistou o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Filme Internacional. A obra retrata a censura e a perseguição política durante a ditadura, além do desaparecimento de Rubens Paiva, um político opositor ao regime militar.

Não só “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, retrata o terror da ditadura. O filme “Marighella” de Wagner Moura traz à tona a figura de Carlos Marighella, um dos maiores inimigos dos militares, que foi morto pelos agentes do Departamento de Ordem Política e Social. Outro exemplo é o filme “Zuzu Angel” de Sérgio Rezende, que narra a busca de uma mãe pelo seu filho, desaparecido nas mãos dos agentes da ditadura, documentando a crueldade e a tortura psicológica imposta pelos militares.

Esses três filmes e muitos outros, além de registros históricos, são obras valiosas que foram reconhecidas internacionalmente, especialmente este ano, com o sucesso de Walter Salles.

A documentação dessas histórias é essencial para que não esqueçamos o sofrimento e a repressão que marcaram aquela época. A recuperação da memória histórica nos permite recordar os tempos sombrios e reforça a importância de evitar que episódios de censura e violação da democracia se repitam em nosso país.