Curtas produzidos por estudantes da Famecos são destaque no Festival de Cinema de Gramado

Concha de Água Doce venceu a categoria principal do primeiro fim de semana do evento

Redação labJ

Durante as tardes de sábado, 12, e domingo, 13, houve a Mostra Gaúcha de Curtas no Festival de Cinema de Gramado. Ao todo, foram apresentados 23 filmes que concorreram a 11 categorias no Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema. A Famecos teve dois curtas que representaram a Escola de Comunicação, Arte e Design no evento: Concha de Água Doce, dirigido por João Pires e Lau Azevedo, e Meu Nome é Leco, dirigido por Diana Mesquita e Marina Falkembach. A premiação ocorreu às 22h de domingo e a obra Concha de Água Doce venceu as categorias de Melhor Filme e Melhor Ator, conquistado por Aren Gallo.

Já formados, os diretores do curta produziram a obra como parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no primeiro semestre de 2022. O filme mostra o retorno de Ariel, com uma nova identidade de gênero, para a cidade natal e o reencontro com Ana, sua irmã mais nova. O início da produção ocorreu ainda no período da pandemia, dificultando o trabalho da equipe. “É uma recompensa por todo o nosso esforço, de fazer um filme universitário na pandemia e que aborda temas tão importantes”, destacou João Pires após receber o principal prêmio da noite.

Lau Azevedo era só felicidade no evento. “É muito clichê, mas é a realização de um sonho que a gente nunca pensou que seria possível”. Os diretores também destacaram a importância do festival como um espaço de trocas entre cineastas e público. Além disso, Pires aproveitou para dizer que novos projetos serão realizados com a ajuda da premiação. “Com o valor em locação de equipamentos por um ano, podemos fazer mais filmes. Esse é o próximo passo.”

Por outro lado, as diretoras do curta Meu Nome é Leco gravaram no segundo semestre do curso e já brincavam sobre participar do festival desde o começo das filmagens. A obra mostra a história do musicista e primo de Diana Mesquita, Leco. “Foi uma experiência muito gratificante para as duas, mas vou dizer que existe um sentimento diferente para mim. A história é de um parente meu que, infelizmente, não está mais entre nós”. No início das produções, Diana pediu a Marina Falkembach que dirigisse a obra devido ao seu vínculo com a história. Mas mudou de ideia ao progredir das gravações.

Atualmente no quarto semestre do curso de Produção Audiovisual, as alunas tiveram a oportunidade de experienciar o festival e assistir aos curtas de outros diretores. “Todos são maravilhosos. Achei alguns muito interessantes por serem diferentes de tudo que já vi, com muita criatividade”, comentou Diana. Apesar de não ter vencido nenhuma categoria, a dupla aproveitou o momento que teve no festival. “A felicidade de estar aqui já é um prêmio”, concluiu Marina.