Opinião: Ariana Grande manifesta que dias mais brilhantes virão

Texto analisa álbum deluxe de artista estadunidense, seu projeto mais significativo até o momento

Jornalismo Especializado

Crédito: Ariana Grande, Redes Sociais/Divulgação

por Érica Wallauer Alves

Em 28 de março de 2025, Ariana Grande-Butera lançou “brighter days ahead”, a versão deluxe do seu sétimo álbum de estúdio “eternal sunshine”, de 2024. Neste novo capítulo, Ariana apresenta ao mundo seis músicas inéditas e um curta-metragem, estrelado por Edward Butera, seu pai, e por ela própria.
Ariana está ainda mais vulnerável, sensível, humana e visceral. As três semanas seguidas no topo da Billboard 200 com o álbum “eternal Sunshine” e todas as músicas lançadas no deluxe na parada internacional do Spotify indicam que a cantora pode ter apresentado o seu projeto mais significativo até o momento.
A artista, que concorreu ao Oscar na categoria de atriz coadjuvante por “Wicked” (2024), expõe suas feridas, cicatrizes, memórias, inseguranças, relações, tropeços e seu coração. “brighter days ahead” é refrescante. É olhar com carinho para si, em todas suas fases. É sobre raízes. O álbum oscila entre o pop e o R&B, duas grandes influências de Ariana.
Na romântica “dandelion”, que é possivelmente a melhor faixa, Ariana é apaixonada, devota, divertida e honesta. Com um beat energético e dançante, ela provoca e é autêntica. Por outro lado, em “Hampstead”, a última faixa do disco, a artista é melancólica, quase que de luto. Mas, ao mesmo tempo, se sobressai e se entrega à linha tênue entre precisar aprender a dançar sozinha para não perder nenhuma música e ter que deixar alguém que ama para trás, porque o “alguém” agora é estranho e machuca.
Juntamente com o álbum, Ariana realizou o lançamento de um curta-metragem de 26 minutos, que leva o mesmo nome do deluxe. Foi escrito e dirigido por ela e por Christian Breslauer. Nele, Ariana é “Peaches” e, no filme, acompanhamos sua personagem por uma jornada pelas suas lembranças e pelo esquecimento delas.
Na internet, com todas suas contradições, camadas e nichos, Ariana é chamada por muitos como a vocalista de sua geração. Não é à toa. Em “eternal sunshine: brighter days ahead”, ela relembra a todos — que possam ter esquecido — da sua relevância e do seu lugar como musicista.