Porto Verão Alegre abre suas portas para a 26ª edição do festival 

Por Gabrielly Camargo e Lucas Azeredo 

O Porto Verão Alegre 2025 iniciou nessa quinta-feira (09) e celebra sua 26ª edição. Com 39 dias de duração e 172 atrações, o festival promete agitar a capital gaúcha nesse começo de ano em 19 espaços culturais diferentes. Porém, não se imaginava, na origem do evento, que poderia, um dia, se tornar marca registrada do veraneio em Porto Alegre. 

Em 1998, na Lancheria do Parque, tradicional ponto de encontro dos porto-alegrenses localizado na avenida Oswaldo Aranha, dois amigos tiveram uma ideia: criar uma atração cultural na cidade durante o verão. Por não ser litorânea, Porto Alegre sofre com uma grande migração de seus moradores para as praias do Litoral Norte do estado. A falta de movimento durante o período de sol e calor fazia o setor cultural sofrer.  

Os amigos, Rogério Beretta e Zé Victor Castiel, atores e produtores culturais, organizaram então a primeira edição do Porto Verão Alegre. Logo de cara foi um sucesso. Com apenas seis espetáculos em quatro semanas, 12 mil pessoas foram até o teatro durante os dias de festival. Na segunda edição, esses números triplicaram. “Acho que o Porto Verão Alegre resultou numa reversão de expectativa porque o verão, tradicionalmente uma época de estio cultural, se transformou em alta temporada ao ponto que muitas produções esperam ele para suas estreias”, comenta Beretta. 

O Porto Verão Alegre deste ano será o mais longo e mais repleto de atrações desde que o festival retornou ao modelo presencial em 2022. O foco deste ano é ajudar a classe artística a se reerguer após o desastre climático de maio. Grande parte das apresentações são do Rio Grande do Sul. Rogério Beretta diz que essa edição “é uma edição de reconstrução e recuperação de autoestima. Temos um número recorde de atrações para facilitar acesso ao trabalho para uma classe que vem sofrendo desde a pandemia. Temos certeza de que será o pontapé inicial para um ano repleto de produção cultural”. A própria organização do Porto Verão Alegre sofreu com a enchente na capital. A sede da organização do festival, no shopping DC Navegantes, foi alagada e todo o acervo que tinham foi perdido. 

Duca Leindecker foi a grande atração da primeira sexta-feira de festival. No Theatro São Pedro, com ingressos esgotados, Leindecker cantou sucessos da carreira solo e da banda Cidadão Quem, a qual encerrou atividades em 2014 com o falecimento de seu irmão e baixista, Luciano Leindecker. O show faz parte da turnê Triângulo, em que Duca sobe aos palcos com o baterista da Cidadão Quem, Cláudio Mattos, e com seu filho, Guilherme, que assumiu o contrabaixo. 

Michelle e Fábio, fãs de longa data do artista, aproveitaram os preços populares para ver o músico favorito. “A gente tem uma história muito pessoal com ele, porque nossos 12 anos de casamento foi comemorando com o show do Duca”, diz Fábio. “Mês que vem já temos um evento e, fechando o Porto verão Alegre, a gente vai em outro evento com grande grupo de amigos”, complementa. O casal finalizou fazendo um pedido para os organizadores do evento: “É sempre um prazer estar aqui, obrigado e mantenham isso porque maravilhoso para nós”. 

O festival Porto Verão Alegre terá diversas atrações até o dia 16 de fevereiro. Para mais informações sobre a programação e a disponibilidade de ingressos, confira o site do evento: https://ingressos.portoveraoalegre.com.br/. 

Veja aqui a reportagem em vídeo do Lab J sobre o Porto Verão Alegre e o show de Duca Leindecker: