Reportagem de alunos da Famecos é destaque na cerimônia do 40° Prêmio de Direitos Humanos

A reportagem de Fran B. Geyer e Theo Giacobbe, produzida no Laboratório de Jornalismo Integrado da Escola de Comunicação, Artes e Design Famecos (Lab J), recebe Menção Honrosa em um dos prêmios de jornalismo mais relevantes do Brasil

Redação labJ

TEXTO: Felipe Silva Teixeira – Originalmente publicado em 11/12/2023 (Medium Lab J)

Cerimônia do 40° Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo ocorreu no Espaço OAB/RS Cubo, em Porto Alegre | Foto: Reprodução / Flickr OAB/RS

A reportagem A origem do dia nacional da liberdade de imprensa, de Fran B. Geyer e Theo Giacobbe, recebeu Menção Honrosa no Prêmio Especial (tema Liberdade) na cerimônia oficial do 40° Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo nesta sexta-feira (8), em Porto Alegre. A produção desenvolvida no Laboratório de Jornalismo Integrado da Escola de Comunicação, Artes e Design Famecos (Lab J) foi reconhecida pela excelência na prática jornalística a partir da abordagem de questões relacionadas à liberdade de imprensa no Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, que ocorre desde 1984 de forma ininterrupta.

O Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo se destaca dos demais por não se concentrar em recompensas financeiras, mas no reconhecimento do trabalho dos jornalistas e na promoção do tema dos direitos humanos. “Há muitos prêmios por aí que são institucionais, mas o nosso não tem nada que ver com isso. O nosso tem que ver com o tema direitos humanos. E reconhecer o trabalho do jornalista é o mais importante”, disse Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos. Krischke anunciou que a comissão do Prêmio Direitos Humanos irá lançar um livro em 2024 relembrando os 40 anos da premiação.

A solenidade contou com a presença de jornalistas de todo o Brasil, incluindo o renomado Roberto Cabrini, que proferiu algumas palavras sobre a importância da liberdade de imprensa no contexto atual. Em seu discurso, Cabrini destacou a relevância do jornalismo investigativo na busca pela verdade e na manutenção da transparência na sociedade. “Quando lutamos por direitos humanos, estamos também lutando pela promoção da justiça. Pode-se medir o grau de democratização de uma sociedade pelo grau de pessoas que lutam pelo direito do contraditório. Nesse aspecto, todo jornalista, se não fosse jornalista, teria inclinação a ser advogado ou promotor de Justiça, e vice-versa”, disse Cabrini.

O jornalista e professor Fabio Canatta, que recebeu pela quarta vez o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo na sua trajetória, revela que sente muito orgulho, pois é um dos reconhecimentos mais importantes que um jornalista pode receber. “Isso fica bem claro na cerimônia que reuniu os vencedores ao ver colegas do país inteiro vindo a Porto Alegre para receber as distinções numa premiação que não envolve qualquer quantia em dinheiro”, afirmou Canatta. “Estou envaidecido, muito orgulhoso pelo prêmio e empolgado em seguir fazendo jornalismo e também formando jornalistas”, completou.

Para os jornalistas em formação, o prêmio representa não apenas um reconhecimento valioso, mas também uma inspiração e um estímulo para alcançarem a excelência na prática jornalística. A reportagem A origem do dia nacional da liberdade de imprensa, de Fran B. Geyer e Theo Giacobbe, ganhou Menção Honrosa na categoria Especial (tema Liberdade). O texto descreve uma série de eventos relacionados à luta pela liberdade de imprensa no Brasil durante a ditadura militar (1964–1985). “Foi uma experiência muito bacana estar junto de tantos jornalistas que compartilham a minha paixão pela humanidade e pelos direitos humanos”, disse Geyer.